sexta-feira, 26 de novembro de 2010


Certo, esse sou eu - um romântico bobo. Eu abro a porta de casa, o portão, a porta do carro. Eu pago a pipoca. Se me deixar, pago o refrigerante e o ingresso também, mesmo que termine com os bolsos vazios. Eu sou ótimo com datas e dou presentes no aniversário de um mês de namoro. Eu gosto de compromisso. Eu apareço com uma rosa na mão sem motivo, ofereço um chocolate só porque estou com vontade, escrevo bobagens sonhadoras e componho músicas que, boas ou ruins, são sinceras. Eu erro e nem sempre me dou conta disso. Eu sou teimoso e não aceito que me digam isso. Eu não me desculpo enquanto achar que estou certo e não aceito que me dêem as costas durante uma briga. Eu sou péssimo em brigas - mesmo quando tenho razão, entro em pânico e esqueço meus argumentos. Eu gosto de andar de mãos dadas e de abraçar pela cintura, meu ombro está sempre disponível para dormir ou para chorar e eu posso não ter bons conselhos, mas sou um ótimo ouvinte. Eu sei dizer "bom dia", "por favor", "obrigado", "com licença" e "eu te amo" - e, apesar de preferir sussurrar, também posso gritar, escrever, cantar, pichar ou omitir. Eu pratico meu discurso na frente do espelho, mas nunca tenho coragem suficiente pra falar quando olho para você. Sou ótimo com segredos, exceto quando são meus, e não acredito que você ainda não percebeu que é linda. É isso que eu sou. Um romântico bobo. Um clichê ambulante.

Agora eu posso, por favor, ganhar uma chance?

(Daniel Freitas)

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